Estudos apoiados pelo Decit/SCTIE/MS demonstram frequência da hipertensão arterial em diferentes grupos populacionais
Hoje, 17 de maio, é o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. A doença, popularmente conhecida como pressão alta, ocupa o 2º lugar no ranking nacional dos fatores de risco que provocam a maioria das mortes e incapacidades para o trabalho. Estudos apoiados pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (Decit/SCTIE/MS) vêm demonstrando a frequência da doença em diferentes grupos populacionais.
O Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA – Brasil) – uma investigação multicêntrica de coorte composta por 15 mil funcionários de seis instituições públicas de ensino superior e pesquisa das regiões Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil – revelou uma prevalência de 34% no grupo analisado. Essa pesquisa tem o propósito de investigar a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, em particular, as cardiovasculares e o diabetes. O ELSA também observou que o risco de desenvolver hipertensão arterial é maior entre pretos e pardos no Brasil, por causa de fatores socioeconômicos, notadamente a discriminação racial.
Enquanto o Estudo Longitudinal da Saúde do Idoso (ELSI – Brasil) mostrou uma prevalência de cerca de 63% na população de mais de 50 anos. Essa pesquisa longitudinal, de base domiciliar, é conduzida em amostra nacional representativa da população com 50 anos ou mais. O inquérito conta com a participação de 9.412 indivíduos residentes em 70 municípios situados nas cinco macrorregiões brasileiras.
Adolescentes - Um outro dado importante detectado nas pesquisas é a frequência da doença na população jovem. O Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica) detectou uma prevalência de 9,6% nesta população. A pesquisa multicêntrica tem o objetivo de avaliar o perfil de risco cardiovascular de 75 mil adolescentes, entre 12 e 17 anos, de cidades com mais de 100 mil habitantes no Brasil.
Já o ReHOT (Resistant Hypertension Optimal Treatment) avalia pacientes com hipertensão resistente, ou seja, hipertensos que não conseguem um controle adequado da pressão sanguínea com anti-hipertensivos e diuréticos, os medicamentos mais comuns no tratamento dessa condição. A pesquisa foi realizada com cerca de 1.700 pacientes que tinham pressão alta e constatou uma prevalência de 11,7% de hipertensão resistente. O estudo também apontou que históricos de AVC e diabetes estão associados à maior dificuldade de controle de pressão.
A hipertensão é, portanto, uma doença incurável preocupante e frequente na população, mas que tem tratamento e pode ser controlada. Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a doença. Adotar um estilo de vida saudável também é fundamental. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa Farmácia Popular.
Para saber mais sobre a doença, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento, acesse o http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hipertensao.
Para saber mais sobre os estudos citados, acesse:
http://elsi.cpqrr.fiocruz.br
http://erica.ufrj.br
http://www.elsa.org.br
Artigo publicado sobre o ReHOT: https://www.ahajournals.org/cms/attachment/2a5c295a-4844-40a4-be7a-d406847ef076/hypertensionaha.117.10662.pdf